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Meu pai parou o carro na estrada para limpar o para-brisa e...

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A IMPORTÂNCIA DAS RECORDAÇÕES INFANTIS

“Possuímos memória para que possamos colher rosas no inverno da vida”

Nenhum pai pode saber realmente qual a lembrança que, plantada na infância, se transformará em rosas, mais tarde.

Muitas vezes as nossas recordações mais vivas e duradouras são de coisas aparentemente simples e até banais passadas na infância.

Contarei uma história real que li há pouco tempo:


Pai e filho estavam pintando a grade da varanda de sua casa e faziam planos para comemorar o 15º aniversário do rapaz. E, lembrando-se de como a meninice deste havia passado depressa, pergunta ao filho:

- Do que é que você se lembra mais de quando era pequeno?

E ele respondeu logo:

- Da noite em que íamos de carro, não sei para onde, só você e eu numa estrada escura e você parou o carro e me ajudou a pegar vagalumes.

- Vagalumes? – Perguntou o Pai admirado.

- Sim, vagalumes. Não se lembra, Pai?

Começou então o homem a recordar-se de uma viagem que fizera dirigindo até tarde da noite e havia parado para limpar o para-brisa, quando de repente, foram cercados por uma nuvem de vagalumes.


O filho tinha apenas seis anos de idade e ficou encantado com o espectáculo querendo pegar um vagalume. Ele que estava cansado e ansioso por chegar ao destino ia dizer-lhe que não tinha tempo, mas de repente mudou de ideia e num vidro que trazia na mala do carro enfiou dezenas de insetos, tampou e entregou ao filho. O garoto ficou encantado vendo brilhar os bichinhos dentro do vidro.

- Por que você se lembra disso? Indagou o homem.
- Não sei, respondeu o rapaz, mas creio que foi porque nunca pensei que você fosse parar e pegar os vagalumes para mim... E você foi tão bonzinho, que parou!

Se os pais soubessem como há recordações que ficam gravadas eternamente na memória dos filhos lhes proporcionariam sempre momentos agradáveis. A responsabilidade paterna e materna nesse ponto é impressionante.

Se as recordações da infância são tão importantes, que podem os pais fazer para ajudar a proporcionar a seus filhos uma boa coleção delas?

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Devemos nos lembrar de que para eles a infância é a realidade e não uma simples preparação para a realidade. Não nos esqueçamos também de que as recordações da infância podem formar a personalidade adulta. “O que descrevemos como caráter, escreveu Sigmund Freud, baseia-se nos vestígios de reminiscências da nossa primeira juventude”.

Os pais podem e devem procurar encontrar a energia, o tempo ou entusiasmo extra para executar esse projeto pequenino e “insignificante” mas tão importante para a criança que é uma recordação.

Devem manter as tradições e rituais da família, As comemorações simples, que aos pais não parecem importantes, para as crianças podem ter enorme significação.

Um passeio tradicional, uma visita, um jantar em família no aniversário de alguém são coisas muitas vezes significativas para os jovens, mesmo na época em que achamos que ele ou ela já deixou de lhes dar valor.

Finalmente, os pais podem, por seus atos ou palavras, comunicar emoções e experiências aos filhos. Podem deixar-lhes lembranças de coragem e não de medo; de força e não de fraqueza; de calor e afeição e não de rigidez e frieza. É pensando nessas recordações que se enraízam reações e sentimentos que tornam o homem forte em relação à vida.


Convém, pois, lembrar que as crianças nos espreitam ávidas de emoções, que ficarão gravadas na sua memória a vida toda.

E por isso devemos ter o cuidado de bem impressioná-la sempre e não decepcioná-las, faltando-lhes com a verdade ou dando o espectáculo quase sempre desagradável de discussão e desinteligência entre os pais, que são os ídolos de sua infância e que, de acordo com as suas atitudes, podem criar traumas psicológicos nessas criaturinhas que gravam e não esquecem nunca o que observaram e viram na infância.

É preciso, pois, que todos os pais se lembrem de sua responsabilidade em proporcionar aos filhos, na infância, um espectáculo agradável que eles guardarão eternamente.

Lembro de meu pai que parou o carro na estrada para...
Por Maria Cottas


Um comentário:

  1. Olá Professor Claudio,
    Recordo que certa vez, quando erámos meninos um de meus tios fez certo sinal para um motorista que vinha em sentido contrário. Quando ele olhou para nós, todos estávamos o observando. Não é que ele retornou e foi atrás do outro veículo, de alguma forma, fez com que o mesmo parasse, e em nossa frente, embriagado pela vergonha, pediu desculpas ao motorista.
    Com certeza os demais primos lembram, mas foi um lance inesquecível!

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