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Cada ditador é um escravocrata, é um infeliz, que deseja apenas glorias e poder - Por Georges Clemenceau

COMUNICAÇÃO DADA EM SESSÃO PUBLICA EM 2-6-1934

Chegou o momento oportuno da verdadeira reação, e como tem sido da velha Europa que têm partido certas ideias que tanto têm influído nos novos, começa ali a fazer-se sentir uma grande reação espiritual.

As desinteligências, os descontentamentos, e desarmamentos proforma, provam evidentemente que não há segurança entre as ideias humanas, nem se podem entender criaturas pensando de diversas formas, traindo-se umas as outras, desejam apenas vanglorias, tronos e riquezas.

É triste dizermos, mas é preciso que digamos: a guerra entre os povos tem servido unicamente para cometer desgraças, pois provem de crimes e misérias, mas faz-se necessária porque sem ela a humanidade não compreende a vida, não raciocina, e só pode conseguir o verdadeiro entendimento da mesma pelo sofrimento, pela dor, pela reação ao despotismo, feudalismo, imperialismo.

Querer sangue nada adianta, porque aqueles que derramam esse sangue são os mais inocentes, os que menos compreensão têm das anormalidades, das ganâncias e despotismos humanos, mas para que todos chegassem a uma conclusão, era necessário que os espíritos que ainda vivem encarnados neste mundo de misérias, tivessem os esclarecimentos espirituais precisos para compreenderem a vida e saberem vivê-la racionalmente, cientificamente, com mais altruísmo desprendimento.

Digladiam-se, pois, porque são ignorantes, porque não sabem conter-se, porque cheios de vaidade e preconceitos, vivem eternamente descontentes.

Esse estado de coisas, essas desinteligências, bem complicam mais a vida dos seres; dão sofrimento, aumentam a crise, mas já que a humanidade assim quer, já que não quer acordar, estudar, compreender que outra vida existe e que é preciso saber vivê-la dentro das leis que regem a criação, que sofra as consequências dos seus transvios, porque há de ser a dor que há de levar a raciocinar sobre essas coisas serias da vida.

O que devem fazer todos os espíritos inteligentes, dotados de boa vontade, de raciocínio lúcido, é estudar, é procurar conhecerem-se como Força e Matéria, reconhecerem o valor do pensamento, agirem sempre dentro do seu raciocínio e de uma razão clara e esclarecida.

Os exemplos do passado devem ser os seus guias para saberem se conduzirem no presente.

Há muito progresso materialmente falando, mas espiritualmente há muito a desejar.

Sabemos perfeitamente o que sejam os horrores duma guerra, porque, porque nela estivemos lutando, batalhando e sofrendo. Devemos agora evitá-la e para isso tudo faremos, para ver se, se resolvem os problemas sociais duma maneira mais humana, mais racional, mas se todos os homens não quiserem, então terão por fim a guerra.

Cada ditador é um escravocrata, é um infeliz, que deseja apenas glorias, poder e usa de meios despóticos, selvagens, até, dessa forma não se pode vencer, nem se pode orientar povos; cria-se apenas revolta, o desanimo, ódio, o resultado de isso tudo é sangue e mais sangue. Contudo, esperamos que esse sofrimento faça acordar a todos, a fim de que reconheçam a necessidade de estudar o melhor modo de dirigir povos de uma maneira mas elevada.

Temos a certeza, que com outro viver, melhores dias surgirão, mas para que esses dias venham, é preciso dar tempo ao tempo e passeis pela natural reação que inicia do momento.

Não vos deveis, pois, admirar com as conflagrações que porventura surjam, porque elas estão previstas a muito tempo, O que deveis preparar-vos para a luta, armar-vos de coragem e valor para enfrentar consequências desses desmandos e anomalias. Para tal, basta que vos esclareceis cada vez mais, que vos compenetreis que fora das misérias terrenas há ainda as grandezas espirituais, que só são dadas a sentir e gozar aqueles que já têm verdadeira noção de espiritualidade. Portanto, o dever do cidadão, é esclarecer-se, espiritualizar-se, para que possamos agir somente com altruísmo, valor e justiça, em bem da humanidade, e é isso que esperamos de todos os brasileiros, porque infelizmente há ainda muita ganância, muita miséria, por ai além.

Os filhos de este colosso devem se orgulhar não só de possuírem a riqueza do solo, mas também a riqueza da alma, esse valor intrépido, essa espiritualidade inata em almas evoluídas como sois ser aquelas que encarnam neste lindo país.

Cada ditador é um escravocrata, é um infeliz, que deseja apenas glorias e poder - Por Georges Clemenceau 


Pequena biografia: Georges Clemenceau 

Georges Eugène Benjamin Clemenceau (Mouilleron-en-Pareds, 28 de setembro de 1841 – Paris, 24 de novembro de 1929) foi um estadista, jornalista e médico francês, comandou a França no período final da I Guerra Mundial, impondo à Alemanha pesadas condições pela derrota.

Carreira

Estadista francês que serviu como primeiro-ministro da França de 1906 a 1909 e novamente de 1917 até 1920. Uma figura-chave dos Radicais Independentes, ele foi um forte defensor da separação entre Igreja e Estado, anistia dos Communards exilados na Nova Caledônia, bem como oposição à colonização. Clemenceau, médico que virou jornalista, teve papel central na política da Terceira República.

Depois que cerca de 1 400 000 soldados franceses foram mortos entre a invasão alemã e o Armistício, ele exigiu uma vitória total sobre o Império Alemão. Clemenceau defendia reparações, transferência de colônias, regras rígidas para evitar um processo de rearmamento, bem como a restituição da Alsácia-Lorena, que havia sido anexada à Alemanha em 1871. Ele alcançou esses objetivos através do Tratado de Versalhes, assinado na Conferência de Paz de Paris (1919-1920). Apelidado de Père la Victoire ("Pai da Vitória") ou Le Tigre ("O Tigre"), ele continuou sua posição dura contra a Alemanha na década de 1920, embora não tanto quanto o presidente Raymond Poincaré ou o ex-comandante supremo aliado Ferdinand Foch, que achava que o tratado era muito brando com a Alemanha, afirmando profeticamente: "Isto não é paz. É um armistício para vinte anos." Clemenceau obteve tratados de defesa mútua com o Reino Unido e os Estados Unidos, para se unir contra uma possível futura agressão alemã, mas estes nunca entraram em vigor devido ao fracasso do Senado dos EUA em ratificar o Tratado, que assim também anulou a obrigação britânica.

Carreira política

Em 1909 renunciou ao cargo de primeiro-ministro, mas como senador continuou o trabalho político usando seus talentos da oratória e da escrita e, na eleição de 1913 procurou derrotar Raymond Poincaré apoiando Jules Pam, que foi derrotado - a ponto de nas ruas os estudantes gritarem "Abaixo Clemenceau!" e se acreditar que "o Tigre" fora abatido. Ele então partiu para uma oposição acirrada, mas o sentimento patriótico o levou a apoiar a proposta do novo governo dos "Três Anos" de serviço militar - apesar de não ser considerado um revanchista, vinha da geração que sofrera a derrota para os alemães e defendia o fortalecimento do país. Nesse período fundou o jornal 1'Homme Libre, onde atacava o governo e alertava sobre o perigo da Alemanha.

Nesse afã, em sua tribuna do senado, já próximo de eclodir o conflito mundial, defendeu em julho de 1914 fosse acelerado o programa de incrementar a artilharia. Durante os primeiros anos da Grande Guerra seus artigos no jornal passaram a ser censurados por fazerem críticas contundentes, então ele habilmente expunha as falhas de comando da guerra de modo a burlar o controle da censura. No ambiente interno do senado, nos primeiros anos do conflito, a censura não pode atuar contra seus ataques ferozes, e ali presidiu a comissão de relações exteriores quando Freycinet ocupou o governo Briand, e também presidiu a comissão militar do Senado onde se manteve informado de tudo o que ocorria e prestou valiosas contribuições. Defendeu, segundo Mes Prisons, que a França lutasse até reduzir a Alemanha a pó - contra a corrente que defendia o armistício, uma paz sem vitória por meio de acordo com o país inimigo, em detrimento do Reino Unido.

A 16 de janeiro de 1917 Clemenceau assume finalmente o governo, uma vitória que refletiu o medo da população com a doutrina derrotista ante o cansaço de um conflito que se arrastava. Deu início a um projeto em que, conquistando inimigos entre aqueles que lhe temiam a liderança, concentrava o poder e agia com rigor quando, como no caso de Malvy em julho expulso do governo, agiam de modo negligente. Em 16 de novembro formou um governo que denominou "Gabinete da Vitória", com nomes quase desconhecidos.

Presidiu a Conferência de Paz de Paris (1919) como chefe da delegação francesa. No dia 19 de fevereiro desse ano sofreu um atentado quando saía de sua residência à rue Franklin: o jovem anarquista Emile Cottin desferiu-lhe tiros de revólver (Cottin foi condenado à morte, pena depois convertida em prisão perpétua). Em 16 de janeiro de 1920 ainda tentou lançar-se candidato a presidente, mas foi preterido por Deschanel; ele então se aposentou das atividades públicas, viajou pelo Egito e Índia. Em junho de 1921 a Universidade de Oxford concedeu-lhe o título de doutorado.

Cargos

Prefeito do 18º arrondissement de Paris, composto principalmente pela antiga comuna de Montmartre (1870-1871)

Vereador da Cidade de Paris (1871-1876), Presidente da Câmara Municipal de Paris (1875)

Deputado (1871 e 1876-1893)

Senador (1902-1920)

Ministro do Interior (1906)

Ministro da Guerra (1917-1920)

Presidente do Conselho (1906-1909 e 1917-1920)

Membro da Academia Francesa (eleito em 1918, participou dela)

Fonte Wikipedia: https://pt.wikipedia.org/wiki/Georges_Clemenceau

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